quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Visita noturna ao Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul

Dia 5 de fevereiro, às 21hs

História: O primeiro prédio teve sua construção iniciada em 1910, mesma data de início da contrução do monumento a Júlio de Castilhos, com projeto do arquiteto francês Maurice Gras e execução de Affonso Hebert, então diretor da Seção de Obras Públicas, que ta,bém articipou da construção do monumento. Sua primeira fase foi concluída em 5 de julho de 1912, Em 1913, quando o monumento havia sido inaugurado, o governo do estado resolveu construir uma segunda ala do Arquivo Público, que só foi iniciada em 23 de janeiro de 1918, novamente com projeto do arquiteto Hebert e execução pelo empreiteiro Roberto Roncolli. Em 10 de junho de 1919 as obras foram concluídas.

Local: Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul , Rua Riachuelo, 1031.
Ponto de encontro: a entrada pela Praça da Matriz (Ver no Google Maps)
Inscrições por email: agenciaurbsnova@gmail.com


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Fórum Social Temático teve encontro de coletivos urbanos

Coletivos Urbanos.

          No final da tarde de ontem, apesar do doloroso acontecimento em Santa Maria, aconteceu, no mezanino da Usina do Gasômetro, o encontro de pessoas que atuam para tornar melhor a vida nos centros urbanos. O evento foi chamado do Encontro de Nós e reuniu projetos de colaboração voltados à humanização das cidades. Entre os convidados estavam representantes de projetos de Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Porto Alegre e São Paulo (SP). A mediação do encontro ficou a cargo de André Martines, da Aprax Arquitetura Cultural (São Paulo), Bernardo Gutiérrez, jornalista espanhol e dirigente da Futura Media, Antônio Martins, responsável pelo site Outras Palavras, e Plínio Zalewski, diretor da Secretaria de Governança Local.

          Da Capital gaúcha, contaram um pouco de sua história o grupo Shoot The Shit, Estúdio Nômade, Voto como Vamos, UrbsNova, Projeto Vizinhança, Casa da Cultura Digital, Raiz Urbana, Rastro Urbano de Amor (RUA), Bicicleta é amor. De São Paulo, falou o pessoal do Aqui bate um coração e Curativos Urbanos. De Florianópolis, Gui Neves falou sobre o  Nós.vc. Do Rio de Janeiro, Fernanda Cabral contou suas experiências no movimento "Imagina na Copa" e Clarissa falou sobre incubadoras "Rio Criativo".



          Foi uma troca de experiência muito interessante, que certamente irá incrementar ações criativas, cujos objetivos são criar espaços de convivência urbana e tornar as cidades mais humanas. É apenas com o empenho dos cidadãos que esses objetivos podem ser alcançados. Pouco adianta ficar apenas cobrando as administrações municipais. Sem o engajamento da população, mesmo as ações dos governos podem esvaziar-se, como é o caso de manutenções eventuais de lugares públicos e monumentos. Um passo enorme em direção à reapropriação dos espaços públicos está sendo dado. A cidade é nossa, com os direitos e deveres inerentes à posse. Vamos achar nosso próprio caminho de contribuir. 

Para se inspirar e conhecer mais sobre esses projetos, aqui vão alguns links:


domingo, 27 de janeiro de 2013

100 anos do Monumento a Júlio de Castilhos - Praça da Matriz


           Na última sexta-feira (25.01.13), aconteceu um evento cujo objetivo era marcar o centenário de um dos mais belos monumentos de Porto Alegre, que, como tantos outros na cidade, encontra-se entregue ao descaso e ao vandalismo. Atividades das mais variadas, como visita guiada, música, palestras, oficinas, entre outras, ocorreram na tarde. 
          Também foi instituído um concurso de fotos do monumento (profissional e amador) feitas durante o dia do aniversário. As fotos serão colocadas em dois álbuns do evento no Facebook, e ganharão as 3 mais curtidas em cada categoria. As fotos devem ser tiradas apenas no dia 25 de janeiro e ser postadas até às 24hs do dia 26 de janeiro. Ficarão expostas para votação no facebook até o dia 31 de janeiro de 2013. Resultados serão divulgados no dia 1º de fevereiro de 2013.
          Mas o presente de aniversário foi o comunicado que Porto Alegre está incluída no PAC Cidades Históricas, que disponibilizará recursos para projetos de restauração, revitalização e conservação do patrimônio cultural, constituído por monumentos, edificações e espaços públicos. Aqui seguem dois links com mais informações sobre o evento.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Mais uma casa em perigo?

Contribuição de Evandil Lima, que envia a foto com o seguinte texto:
"Magnífica mansão art déco na esquina da Gonçalo de Carvalho com a Pinheiro Machado, janelas abertas, beiral derruído, se desmanchando aos poucos. Isso também não tem valor arquitetônico, cultural ou estético?"


Seria uma próxima vítima?

Mais destruição da memória de Porto Alegre


Reprodução de notícia postada por Paulo Renato, do conselho de blogueiros (ZH Moinhos) em 25 de janeiro de 2013:
A demolição de prédios históricos no bairro Moinhos de Vento e adjacências continua, sem que as autoridades do setor responsável tenham qualquer preocupação com a preservação dessas verdadeiras relíquias. Agora é o centenário prédio localizado na Rua Gonçalo de Carvalho, número 442, que irá abaixo amanhã, dia 26 de janeiro de 2013.
A Associação dos Moradores da Gonçalo de Carvalho tentou junto à prefeitura e ao Ministério Público do Meio Ambiente a suspensão da demolição, sem obter êxito. O Ministério Público inclusive mandou um arquiteto avaliar o prédio, no dia de ontem, mas o aspecto já deteriorado que o mesmo apresentava, após a retirada do telhado e das janelas, não recomendou a interrupção dos trabalhos.
Há uma grande revolta entre os moradores da “rua mais bonita do mundo”, pois era consenso entre eles que o prédio era tombado, o que, na prática, não se confirmou. Com a demolição, será ampliado um estacionamento comercial da área.




CHEGA DE DEMOLIR PORTO ALEGRE!!!!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um exemplo a não ser seguido

São Paulo vem perdendo sua alma aos poucos. As esquinas, que representavam pontos de reunião das pessoas, sem a sofisticação de lugares badalados, mas com o espírito de sua população, vêm sendo derrubadas. É uma constatação triste de que as cidades deixam de ter sua personalidade, por conta de um desenvolvimento caótico, onde o lucro se sobrepõe a tudo. Os encantos que atraem as construtoras são, ao fim e ao cabo, consumidos pela exploração desenfreada, que aos poucos torna tudo igual, com seus impessoais e espelhados edifícios.  Como reflete um dos comentários postados, " é o fim da vida pública dos bairros". Vale a pena assistir essa reportagem produzida pela Folha de São Paulo, clicando no link abaixo. Um exemplo que Porto Alegre podia não seguir...



boemia vem perdendo espaço para empreendimento de luxo

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Os condomínios podiam pelo menos ter estilo...

Enquanto isso, na Vila Assunção, morre uma casinha assim,














para nascer um condomínio assim...

Por que preservar imóveis antigos?

Texto reproduzido do site DEFENDER


O desaparecimento de edificações para o surgimento de outros empreendimentos imobiliários pode ser encarado como o movimento evolutivo da cidade, resultado de seu crescimento e de sua renovação natural. Porém, quando uma construção antiga vem abaixo em meio às mudanças urbanas, questionamentos da sociedade podem surgir: o que precisa ser preservado? Que história arquitetônica deve ser resguardada às futuras gerações?
Para o arquiteto e especialista em projetos de reforma e restauro de imóveis antigos, Samuel Kruchin, a preservação de uma edificação de época pode estar atrelada a sua técnica e qualidade arquitetônica, aos aspectos que remetam a um significado histórico ou cultural ou ainda a um valor ambiental que permita e justifique sua salvaguarda.
O professor de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas), João Verde, ratifica que os elementos construtivos e históricos da edificação são fatores que tendem a determinar sua proteção. “Pode ser que esteticamente o imóvel não seja belo na sua arquitetura, porém isso não determina sua importância para a história da cidade ou da comunidade local, o que tende a conferir ênfase a sua preservação”, explica.
                                                          Foto: Daniel Gandolfi

Leia mais em:

Por que preservar imóveis antigos?

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Complexo Cultural Zona Sul

Na tentativa de preservar o conjunto de prédios que originalmente era o Artesanato Guarisse e, posteriormente, que abrigou o Fórum Regional da Tristeza, a comunidade da Zona Sul de Porto Alegre vem se mobilizando para a criação do Centro Cultural Zona Sul naquele local. Muitas foram as promessas, mas o impasse entre Governo Estadual e Prefeitura, que teria a cedência de parte dos prédios, está atrasando o andamento do projeto. Ontem à noite, foi ao ar uma entrevista no programa Mãos e Mentes, com um dos criadores do PortoAlegre.cc, onde a causa do Centro Cultural foi cadastrada. Foi feita uma pequena reportagem sobre o assunto, com filmagem do local. Está disponível no seguinte link:

Programa Mãos e Mentes, com Domingos Secco Jr. 17/01/13

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Resultados do encontro "inventários Afetivos" acontecido em 16 de janeiro


Integrantes da Oscip Defender – Defesa Civil do Patrimônio Históricodesenvolveram um sistema colaborativo denominado “Inventários Afetivos”, que consiste em fichas a serem preenchidas voluntariamente pela comunidade interessada de forma a sistematizar a defesa do patrimônio.
“Num primeiro momento o preenchimento deve acontecer sem amarras técnicas, tudo o que tiver valor afetivo para a comunidade pode ser cadastrado. A escala de valores da própria ficha poderá ajudar a pensar o valor enquanto patrimônio dentro da realidade de cada edificação.” – explica Jorge Luís Stocker Jr., delegado regional da entidade no Vale do Sinos, onde também pretende incentivar a aplicação do projeto – “A proposta é singela e por isto tem um poder enorme de utilização livre em diversas localidades.
A inexistência de inventários técnicos ou os inventários insuficientes são comuns em muitas cidades. A elaboração de um material sobre as edificações pela própria sociedade intensifica a sua relação afetiva com o patrimônio, registra uma etapa da atuação da sociedade civil, levanta dados e pode ser um documento importante para buscar o poder público, o ministério público e os órgãos de preservação, conforme for o caso”.
O arquiteto Lucas Volpatto, um dos organizadores da ideia, ressalta que “não se pretende substituir os inventários técnicos, mas marcar o posicionamento da sociedade civil, chamar a atenção dos poderes públicos para o que tem valor para a comunidade ou ainda para o que tem valores culturais intrínsecos que tem sido ignorados pelas políticas de preservação".
Todas as fichas deverão ser encaminhadas para o e-mail defender@defender.org.br e disponibilizadas através de um banco de dados nesta página em formato PDF.
No site abaixo, faça o download da ficha para preenchimento e informações.
Fonte: site Defender

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Encontro em Porto Alegre debaterá projeto de Inventários Afetivos


A capital gaúcha poderá ter a primeira experiência de inventário de patrimônio arquitetônico com caráter colaborativo realizado pela sociedade civil no Rio Grande do Sul. A concepção de “inventário afetivo”, ainda em construção, será discutida com a comunidade interessada na quarta-feira.
Recente caso de demolição no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, suscitou discussões nas redes sociais. O prédio localizado na Av. Mostardeiro, e que não era inventariado como de interesse para preservação, mobilizou alguns moradores e simpatizantes, que realizaram um protesto pacífico em frente ao local. “Um inventário e uma demolição: não é uma questão de crítica, há algo errado” afirma Tárik Matthes, moderador do grupo “Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre” no Facebook.
O caso da demolição evidenciou o desgaste de parte das políticas públicas de preservação, em especial os inventários de patrimônio cultural de Porto Alegre e seu descompasso com o que a população entende como de interesse para preservar. Neste sentido, surgiram ideias no grupo que visavam a realização de um inventário provisório pela própria sociedade civil. Buscando a implementação da ideia, integrantes da Oscip Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico tem buscado a elaboração de um sistema colaborativo de “Inventários Afetivos”, consistindo em fichas a serem preenchidas voluntariamente pela comunidade interessada de forma a sistematizar a defesa do patrimônio.
“Num primeiro momento o preenchimento deve acontecer sem amarras técnicas, tudo o que tiver valor afetivo para a comunidade pode ser cadastrado. A escala de valores da própria ficha poderá ajudar a pensar o valor enquanto patrimônio dentro da realidade de cada edificação.” – explica Jorge Luís Stocker Jr., delegado regional da entidade no Vale do Sinos, onde também pretende incentivar a aplicação do projeto – “A proposta é singela e por isto tem um poder enorme de utilização livre em diversas localidades. A inexistência de inventários técnicos ou os inventários insuficientes são comuns em muitas cidades. A elaboração de um material sobre as edificações pela própria sociedade intensifica a sua relação afetiva com o patrimônio, registra uma etapa da atuação da sociedade civil, levanta dados e pode ser um documento importante para buscar o poder público, o ministério público e os órgãos de preservação, conforme for o caso”.
O arquiteto Lucas Volpatto, um dos organizadores da ideia, ressalta que “não se pretende substituir os inventários técnicos, mas marcar o posicionamento da sociedade civil, chamar a atenção dos poderes públicos para o que tem valor para a comunidade ou ainda para o que tem valores culturais intrínsecos que tem sido ignorados pelas políticas de preservação”.
O encontro acontecerá no dia 16 de janeiro, às 18 horas no Café do Porto. Será uma oportunidade de discutir formas e aplicação experimental do projeto, sendo que a formatação final da proposta de Inventários Afetivos/Colaborativos será resultado do que for decidido pela própria comunidade interessada em aplicá-la. O projeto no bairro Moinhos de Vento poderá ser pioneiro, servindo de base para sua futura adoção em outras áreas e municípios.
Fonte: http://www.defender.org.br/rs-encontro-em-porto-alegre-debatera-projeto-de-inventarios-afetivos/
 Por Jorge Luís Stocker Jr.

Boas notícias!

Casa da Estrela (http://www.facebook.com/ProjetoVizinhanca)



Texto postado na fanpage do Projeto Vizinhança:
"Em dezembro uma vizinha querida do Petrópolis nos convidou para visitarmos a rua dela e conhecermos um espaço super especial. 
Preocupados com o destino do imóvel e a saúde do bairro nos unimos buscar informações sobre a situação do imóvel.
Para nossa 
alegria fomos informados de que a casa pertence hoje a Câmara do Livro e que um projeto está sendo tramitado na prefeitura para que posteriormente se possa buscar recursos para a reforma."

sábado, 12 de janeiro de 2013


A comunidade da Zona Sul ainda luta para a criação de seu Centro Cultural e a preservação dos prédios do antigo Artesanato Guarisse. Visite a fanpage no facebook.
Matéria que saiu no blog do Abrace o Guaíba. Dá para começar a entender como as coisas são.

Até os índios lutam contra a demolição de seu museu

Ano novo, demolição nova!

     O ano começa com uma "nova" administração municipal, que tem como compromisso urgente preparar a cidade de Porto Alegre para receber a Copa do Mundo 2014. A preparação já é visível, mas, em muitos casos, não leva em consideração aquilo que os cidadãos querem para a cidade. Exemplo atual é a manifestação de moradores e associações contra as obras da Rua Anita Garibaldi, ocorrido em 10 de janeiro. Questionavam a necessidade da intervenção, levando em consideração os resultados quanto à mobilidade e a necessidade do corte de inúmeras árvores no local.
     Associado a essa "urgência" na construção de uma cidade que se adeque aos padrões ditados pela FIFA, o setor imobiliário vê a possibilidade de multiplicação de seus lucros, por conta de uma onda de flexibilização permissiva, que pode colocar em risco o patrimônio cultural de Porto Alegre. O próprio projeto do Cais do Porto, que poderia e deveria ser uma obra que privilegiasse a ocupação do espaço para a população, traz em seu bojo a construção de dois imensos edifícios praticamente dentro de nosso Lago Guaíba. O projeto da Orla, muito necessário e desejado, alijou da participação arquitetos gaúchos, capazes e criativos, que conhecem os costumes e particularidades da capital gaúcha, em detrimento a um nome de um arquiteto famoso, que, ao mesmo tempo, representa os interesses do grupo estrangeiro que ganhou a licitação do Cais do Porto.
     Mas a cidade, independente da Copa, vêm ao longo dos anos perdendo seu patrimônio cultural edificado. Em seu lugar, são construídos enormes edifícios, de preferência espelhados, supervalorizados e que trazem grandes lucros às construtoras. Casarões antigos e impregnados de história vão diariamente sendo postos abaixo nos mais diversos bairros. Pouco sobrou das residências da Av. Carlos Gomes; quase nada, da arquitetura açoriana; a fábrica de tecidos Fiateci vai abrigar quatro torres de edifícios residenciais, e assim vamos. 
   Claro que temos que ter em mente que a população cresce e que as construções são inevitáveis. Mas preservar a memória da cidade e ter em mente a sustentabilidade da cidade é o que vai nos distinguir num mundo cada vez mais globalizado e impessoal. 

                            Cine Astor: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=771520

E é essa a ideia do blog: trazer denúncias, imagens, discussões para tentarmos salvar nossa identidade histórica e cultural.