Trago o texto da jornalista e ativista Tania Faillace sobre questões de patrimônio:
fonte: http://www.mprs.mp.br/imprensa/noticias/id17329.htm |
Com respeito à polêmica de preservação do patrimônio cultural do bairro Petrópolis, envio, em anexo, o folheto que está sendo distribuído pelo movimento defensor do patrimônio cultural da cidade, naquele bairro.A ganância especulativa chegou a um ponto, nesta capital, que não respeita sequer o bom senso, e, portanto, optou por criar um estado de espírito artificial de incêndio na floresta, como se estivessem todos a caminho de desapropriações em massa a preço vil, quando o caso é justamente o contrário: valorizar o patrimônio imobiliário dos cidadãos pelo acréscimo de seu valor cultural.A idéia geral, como alguns empresários do setor deixaram escapar na saída da reunião no CMDUA que apresentou a listagem, é DEMOLIR TUDO.Se pudessem, também demoliriam a Catedral, a Igreja das Dores, o Palácio do Governo, o Museu Júlio de Castilhos e outras velharias, segundo a ótica de que uma cidade é apenas um somatório de títulos financeiros e créditos furados.Pois... se há uma proposta já enunciada da empreiteira norteamericana que se oculta com um nome brasileiro, de demolir o Colégio IPA para fazer ali um super-espigão justamente em cima da piscina, como revelaram os portavozes do movimento de ex-alunos para o tombamento daquela escola na reunião ontem de vários bairros pelo movimento Moinhos Vive... de que mais se pode duvidar?Os açorianos não chegaram aqui e se instalaram lá pelo século XVII ou XVIII, para alguns especuladores fazerem terra arrasada de sua memória, de suas lutas e da história de Porto Alegre dos Casais, integrada à formação da província e posteriormente do estado do Rio Grande do Sul .Ainda por cima, especuladores sem vinculação com os valores da cultura sulina... foi assim que se criou a bolha imobiliária norteamericana em 2008, aquela que se espalhou pelo mundo.Cidade é abrigo, convivência e memória, não é um par de dados a ser jogado e aceitar apostas.Tania Jamardo Faillace
O Interessante é questionar o motivo pelo qual a casa de um influente cronista da RBS - com grande valor histórico, não foi "tombada".
ResponderExcluirFoi um processo "seletivo"?
No mínimo estranho...